Nova concessão da Rota Mogiana prevê R$ 6 bilhões em investimentos e tarifas menores

O Governo do Estado de São Paulo aprovou a modelagem da nova concessão da Rota Mogiana, que abrangerá 532 quilômetros de rodovias no interior paulista. O contrato terá prazo de 30 anos e reunirá trechos atualmente operados pela concessionária Renovias e rodovias administradas pelo DER-SP.

Uma das principais novidades é a implantação do sistema Free Flow, que substituirá as praças de pedágio por pórticos de cobrança eletrônica. Na SP-340, por exemplo, a praça de Jaguariúna será desativada. A cobrança será proporcional ao trecho percorrido, o que, segundo o governo, garantirá tarifas menores e maior justiça na cobrança.

O investimento previsto é de R$ 6,16 bilhões em obras e melhorias, além de R$ 3,5 bilhões em custos operacionais (OPEX). A receita tarifária projetada para os 30 anos de contrato é de R$ 22,1 bilhões. A expectativa é de gerar mais de 4,8 mil empregos diretos e 2,2 mil indiretos.

Exemplos de redução de tarifas no novo modelo

• Estiva Gerbi: de R$ 9,80 para R$ 5,91 (-39%)

• Casa Branca: de R$ 8,80 para R$ 7,63 (-13%)

• Mococa: de R$ 8,40 para R$ 6,60 (-21%)

• Itobi: de R$ 12,40 para R$ 9,30 (-25%), com tarifa reduzida a R$ 3,68 no pórtico

Rodovias incluídas na concessão

O lote da Rota Mogiana contempla trechos das rodovias:

• SP-340 – Campinas, Jaguariúna, Mogi Guaçu e Mogi Mirim

• SP-344 – Aguaí, Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul e Casa Branca

• SP-215 – Casa Branca a São Carlos

• SP-350 – São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Mococa e Cajuru

• SP-346, SP-304, SP-135, SP-338 e SP-333 – trechos complementares

Municípios atendidos diretamente incluem Campinas, Jaguariúna, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Aguaí, Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Mococa, Cajuru, Itobi e Casa Branca.

Serviços previstos

A concessão prevê ainda melhorias operacionais, como:

• Ambulâncias de resgate

• Guinchos leves e pesados

• Caminhões-pipa e veículos de inspeção

• Câmeras de monitoramento e painéis eletrônicos

• Wi-Fi em todo o trecho

• Unidades de atendimento ao usuário (SAUs)

• Iluminação em LED em áreas urbanas e serranas

O processo de consulta pública contou com audiências realizadas em março em São João da Boa Vista, Mococa e São Paulo. Segundo a Artesp, as contribuições da população e de lideranças regionais foram incorporadas ao projeto.